
Não, eu não me posso curar de ti, mas posso ficar esgotada de ti.
Hoje
Agora..
mostraste-me que ainda me podes desiludir... fiquei triste.
"Eu não sou crente"... bem, eu sou, vou ser sempre.. e sabes uma coisa?
Orgulho-me disso!
Não preciso de me esconder atrás de um muro
Sou mais forte do que isso, sou mais forte do que tu!
Tu tens o teu muro, eu tenho os meus sonhos... Sabes qual é a diferença?
um dia o teu muro cai e uma das pedras vai-te acertar, vais ficar magoado..
Os meus sonhos, esses nunca vão acabar, porque a esperança é eterna.
Foste mau nas palavras, tanto me dás um beijo como um estalo..
Eu tento perceber-te, compreender-te, chegar até ti... ainda não percebi se tu és mesmo assim, ou se não queres mesmo que eu me aproxime.. fico triste.
Caramba eu não quero desistir de ti... és pior que um gato!
O problema é que eu sinto que tu tas a ficar esgotado. Este armazem vermelhinho que tenho dentro do peito não é feito de ferro, é feito de musculos e sentimentos... e quando lá entro, já é uma trapalhada para te encontrar.
Tu que não te importas com nada nem com ninguém
Tu que estás sempre tão distante
Tu que não toleras aquilo que não gostas
Tu que me desprezas..
Achas que é por seres assim que eu vou desistir de ti?
Achas-te assim tão dificil?
Achas que vales o esforço?
Eu gosto de ti! gosto de ti! gosto de ti! gosto de ti!
achas uma estupidez? uma perda de tempo?... talvez seja...
mas eu chamo-lhe coragem
Eu chamo-lhe persistencia
Eu chamo-lhe amor. ... Lembras-te o que é isso??
Olhar-te assim como sempre te olhei. Fazer uma extensão do meu nervo óptico e captar mais do que de ti vejo e que ainda assim é tão teu.
Beija-me a alma e atira o teu peito contra o meu, num arremesso docemente furioso; prende-te livremente dentro de mim, que o meu medo é perder-te por prender-te enclausuradamente, deixa-te ficar como quiseres no meu avesso...
Lembras-me os sonhos que nunca tive mas pelos quais sempre ansiei, deve ser por isso que trazes um travo de atrevimento veleido contigo, deve ser por isso que para mim és tão mais que um depósito de orgânica comandada pelas vísceras do destino, por isso e por tudo o que eu não sei que sei.
Permite-me que fique, te diga que sim, que não, que não sei, mas que gosto, gosto de ti... que sabes a água e sal, a mar e saberás amar? Não digas nada. Deixa-me continuar a ver para lá do que vejo.
É estranho, não consigo mais pintar-te com palavras... ficam-se a 1/4 do caminho do teu ser.